Carnaval de Salvador pode ficar sem policiais
civis que estão preparando uma espécie de “recusa” para o período momesco da capital. Na semana passada, policiais civis de cidades como Porto Seguro, Eunápolis, Itabuna e Ilhéus divulgaram que vão se recusar a trabalhar no carnaval de Salvador.
Nesta sexta, 18, foi a vez dos policiais civis da região norte, que se recusam a trabalhar também no carnaval de Juazeiro. Eles alegam como motivo os baixos valores que são pagos pelas diárias e horas extras durante a festa.
Em aderência à campanha do sindicato da categoria, os policiais assinaram o “Requerimento de Desistência” referente à prestação de serviço em protesto às escalas extraordinárias do carnaval de Salvador, micaretas e o carnaval antecipado de Juazeiro.
Além de aumento nas diárias durante a festa, os policiais reivindicam promoção, os reajustes lineares de 2016 e 2017 e o Projeto de Reestruturação das Carreiras encaminhado pelas entidades à SAEB. Até o momento, o Governo do Estado não comentou o assunto.
Mobilização
O sindicato continua fazendo reuniões e mobilizações em todas as Coordenadorias do Interior, nas delegacias de Salvador e Região Metropolitana, para discutir a possibilidade de não aderência à escala do carnaval. Está prevista uma assembleia e ato político em Salvador.
O presidente do Sindipoc, Marcos Maurício, esclarece que o Requerimento de Desistência não possui caráter de greve nem de paralisação. Ele destaca que os policiais vão manter os serviços de acordo com a carga horária normal de 40 horas semanais.
O impasse consiste na aderência à escala do carnaval, que é imposta pelo Governo do Estado. “Esse quadro reflete a gestão ruim da Secretaria de Segurança Pública que, atualmente, alega não possuir recursos nem para comprar uma água mineral para as unidades policiais”.