para muitos brasileiros, segundo pesquisa da Boa Vista SCPC para identificar o Perfil do Consumidor Inadimplente. Dos quase 4 mil respondentes, de todo o Brasil, 23% afirmaram que manter em dia o pagamento das contas tem sido o mais complicado.

Entre as contas, a que mais pesou no bolso do consumidor foi a relacionada com educação, que passou de 31% no 1º semestre para 35% neste 2º semestre. Na sequência, as despesas com saúde, como o convênio médico e medicamentos, e compra de celular, com 18% das menções.

Já taxas e tarifas como o IPTU, IPVA e condomínio tiveram queda de 24% para 17%. As demais dificuldades, quando o assunto é o não pagamento, são alimentação e vestuário/calçados, com 15% das menções cada, contra 13% e 11% no semestre anterior.

Empréstimo pessoal/consignado (14% contra 17% no 1º semestre), móveis e eletrodomésticos (14% contra 13% no 1º semestre) e contas de concessionárias (10% contra 9% no 1º semestre) vêm na sequência entre as contas mais difíceis de manter em dia.

Desemprego

No 2º semestre, o desemprego continua sendo a principal causa da inadimplência, aumentando de 31% para 38% das menções. Em segundo lugar, a diminuição da renda (19%) e em terceiro o descontrole financeiro (17%). Em quarto, o empréstimo do nome para outras pessoas (12%).

Para 40% dos que estão com o “nome sujo”, está muito difícil manter as contas em dia. Já 48% estão muito endividados e 65% com mais 50% da renda comprometida. Entre os não negativados, 45% estão um pouco endividados e 51% estão com mais de 50% da renda comprometida.

As contas feitas no boleto são as principais causadoras da negativação. Por tipo, o destaque são as contas de telefonia (32%), concessionárias (água, energia elétrica, gás, 24%) e de educação (colégio, cursos diversos, 22%). O cartão de crédito é responsável pela restrição para 24%.