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licor de licuri
24.Junho.2017

Agricultura familiar investe no licor de licuri

em junho aproveitando a tradição nordestina do consumo de licor nas frias noites das festas juninas. Para atender essa demanda de mercado, a agricultura familiar produz uma variedade de licores convencionais e exóticos, a exemplo do licor de inhame.

Ele é produzido no Recôncavo. Já o de umbu vem do São Francisco e na Bacia do Jacuípe é feito o licor de licuri, um sucesso da Cooperativa de Produção da Região do Piemonte da Diamantina (Coopes), com sede em Capim Grosso.

Neste ano, mais de 30% das garrafas de licor foram comercializadas para Sergipe e São Paulo. A unidade de produção da Coopes tem capacidade para 80 litros em dois meses. “Apesar de o licuri ser ainda muito pouco valorizado aqui na região, a nossa expectativa é de aumentar a produção”.

É o que diz Andréia da Cruz Ferreira, responsável pela área administrativa da Coopes. Ela explica que a cooperativa vem se desenvolvendo com o apoio do Governo do Estado, por meio de órgãos como a Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR).

“O licuri sempre foi o nosso ‘carro chefe’. É um fruto da região que nós nos empenhamos para valorizar. Isso vem se tornando realidade com esse apoio”. Andréia conta que a Coopes foi selecionada no edital de apoio às culturas oleaginosas do Bahia Produtiva, com R$ 890 mil.

Fruto do licurizeiro

O licuri é o fruto de uma palmeira nativa do semiárido, rica em ferro, cálcio, cobre, magnésio, zinco, manganês, sais minerais e betacaroteno, com grande potencial energético. Ele pode ser encontrado na Caatinga, em municípios como Capim Grosso, Serrolândia e Quixabeira.

A Coopes possui 214 cooperados de municípios como Capim Grosso, Quixabeira, São José do Jacuípe, Várzea da Roça e parceria com entidades de municípios como Mairi, Uauá, Pintadas e Caldeirão Grande. Além do licor, a cooperativa possui outros produtos derivados do licuri.

Fazem sucesos o artesanato, o fufu (paçoca de licuri), leite condensado, óleo virgem e extravirgem, granola, cocada, além das versões caramelizadas, com e sem sal. A Coopes trabalha ainda com a produção de mel, de derivados da mandioca e de polpas de frutas da região.

 

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