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davidson
27.Maio.2017

Davidson tentou explicar a doação da JBS

mas se limitou a usar os mesmos argumentos já derrubados pelas delações premiadas no âmbito da Operação Lava-Jato. O deputado federal Davidson Magalhães, do PC do B, enviou um esclarecimento sobre o dinheiro que recebeu da JBS para a campanha de 2014.

Davidson usou o discurso decorado de que “a JBS realizou doações legais para campanhas eleitorais, seguindo a legislação vigente. As doações estão declaradas no site do TSE desde 2014, à disposição de qualquer cidadão que queira consultá-las”.

Ele conclui dizendo que, “elas não são, portanto, caixa 2”. Porém, tanto o empresário Marcelo Odebrecht quanto Joesley Batista (da JBS) e outros executivos presos confessaram que as doações legais foram, na verdade, propina disfarçada.

O próprio STF decidiu, em uma ação contra Valdir Raupp, que as vultosas doações “legais” de empresas para dezenas de políticos não tem outro objetivo a não ser comprar serviços futuros, ou seja, são propina adiantada.

Davidson alega que as doações foram feitas ao diretório nacional do PCdoB, que repassou aos candidatos. Este é outro argumento que já caiu por terra. Os empresários explicaram que as doações eram feitas ao diretório para despistar e que, na verdade, chegavam direcionadas a cada candidato.

Baianos da lista

A JBS deu dinheiro ilegal, no caixa 2, para mais de 1.800 políticos no Brasil. Vários deles são da Bahia, como o deputado federal Davidson Magalhães, do PC do B, que recebeu R$ 600 mil em 2014, segundo o portal Transparência Política, da Fundação Getúlio Vargas.

Ele apurou que 11 deputados baianos foram pagos pela JBS. Também comunistas, Alice Portugal levou R$ 400 mil e Daniel Almeida, R$ 600 mil. Roberto Britto, do PP, ficou com R$ 1,1 milhão, seu colega Mário Negromonte Jr., R$ 850 mil.

A senadora Lídice da Mata, do PSB, foi financiada pela LBS com R$ 500 mil, mesma quantia dada a Geddel Vieira Lima, do PMDB. O irmão dele, Lúcio Vieira Lima, recebeu R$ 200 mil. No PR, Cacá Leão ficou com R$ 650 mil, João Carlos Bacelar com R$ 600 mil e José Rocha com R$ 300 mil.

Benito Gama, do PTB, ganhou R$ 285 mil. Teve ainda Paulo Azi, do DEM, com R$ 100 mil. Todos eles usam a mesma alegação, de que se tratava de “doação do partido” para a campanha. Mas o dinheiro veio da JBS já carimbado para cada um.