- que não tem cura e que atinge milhares de bebês. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) colocou no ar um site com informações importantes para os pediatras e as mulheres sobre as vantagens de uma gestação livre do consumo de bebidas alcoólicas.

Trata-se de uma iniciativa que previne o aparecimento de casos da Síndrome Alcoólica Fetal (SAF), que causa graves efeitos no feto e no recém-nascido. A SAF é a principal causa de retardo mental e de anomalias congênitas não hereditárias.

Estima-se que a prevalência média mundial seja de 0,5-2 casos por 1000 nascidos vivos e que, para cada criança com a síndrome completa, existam três que não apresentam todas as características, mas possuem déficits neurocomportamentais resultantes da exposição pré-natal ao álcool.

No Brasil, não há dados oficiais. Entretanto, há indícios preocupantes. Estudo realizado em um hospital de São Paulo, com a participação de quase 2 mil futuras gestantes, apontou que 33,29% consumiram bebida alcoólica em algum momento da gestação.

Risco importante

O trabalho apontou, ainda, que em 71,4% dos casos a gravidez não foi planejada, ou seja, o desconhecimento desse estado pode ter contribuído para que elas continuassem sendo expostas ao álcool, com aumento de risco de diagnóstico da SAF nos recém-nascidos.

No endereço http://nova.sbp.com.br/gravidezsemalcool, o internauta encontrará dados sobre o a síndrome, como diagnosticar a doença e os problemas que gera para as crianças. O foco principal é conscientizar a população sobre os malefícios da bebida alcoólica na gestação.

Evidências médicas demonstram que um só gole pode acarretar problemas graves e irreversíveis ao bebê. Estudos comprovam que a mulher grávida ao consumir uma dose de bebida alcoólica já está colocando a saúde do seu filho em risco. O álcool atravessa a placenta e atinge o feto.

Entre os problemas, retardo mental, motricidade ruim, comprometimento de funções nervosas e musculares, dificuldades no aprendizado, de memória, de relacionamento.