e angustiado revela a pesquisa “Impactos do Desemprego: saúde, relacionamentos e estado emocional”, conduzida pelo SPC Brasil e CNDL. Ela mostra que, além de trazer complicações à vida financeira, o medo do desemprego afeta também o estado físico e emocional das pessoas.

59% dos entrevistados se sentem deprimidos ou desanimados, 63% estão estressados ou nervosos e 62% angustiados. Também foram citados sentimentos de privação do consumo que tinha (75%), ansiedade (70%) e insegurança de não conseguir um novo emprego (68%).

Em menor proporção foram mencionados medo (57%), baixa autoestima (55%), perda de valor perante as pessoas (39%), vergonha diante de amigos ou parentes (37%) e culpa (26%). Por outro lado, 54% estão esperançosas com a vida após perder o emprego e 30% mais otimistas.

Mais da metade dos entrevistados teve alterações no sono devido ao desemprego, seis em cada dez têm menos vontade de sair. Os entrevistados também disseram que o desemprego afetou a saúde, à medida que mais da metade (51%) teve alterações no sono.

Outros 45% relatam mudanças no apetite, 40% têm dores de cabeça ou enxaquecas frequentes, 29% tiveram alteração na pressão (principalmente aqueles com mais de 50 anos, 54%) e 16% disseram descontar a ansiedade em vícios como álcool, cigarro e comida.

Relacionamento

Nos relacionamentos, o estudo mostra que 59% daqueles que perderam o emprego têm menos vontade de sair, 27% ficam mais isolados das pessoas, 9% tem feito algum tipo de agressão verbal a pessoas próximas e 4% agrediram fisicamente algum parente ou amigo.

Segundo Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil, “é importante que o desempregado mantenha a mente aberta para propostas diferentes das que ele esteja esperando, seja em termos de salário ou função. Nessa hora, trabalhos alternativos também podem ser uma fonte de renda”.

Para José Vignoli, educador financeiro do SPC Brasil, por mais difícil que seja, a partir do momento em que a pessoa perde o emprego é importante agir com serenidade. “Uma pessoa que está nessa situação deve realizar um planejamento do orçamento com calma”.

“Ela deve evitar atitudes precipitadas como empréstimos em condições desfavoráveis e com taxas de juros muito altas, por exemplo”.