na prefeitura de Itabuna, onde comandava a pasta da Saúde. O secretário Vitor do Amor Lavinsky (foto) pediu demissão nesta semana e saiu atirando, em uma nota pública em que insinua ordens do prefeito Fernando Gomes para adotar práticas ilegais.

Lavinsky critica a falta de vontade do prefeito em fazer uma gestão voltada para práticas técnicas e de respeito ao próximo. Disse que várias vezes sugeriram a ele formas de administrar que “fugiam aos preceitos da legalidade”.

Disse ainda que, “não é com gritos, gestos bruscos, atitudes com o objetivo de menosprezar as pessoas ou propostas indecentes que devemos basear as nossas vidas”, uma referência aos vários casos (nesta e em gestões passadas) em que servidores foram humilhados publicamente.

No lugar de Lavinsky foi nomeada Lísias Miranda, que era diretora de Planejamento da Saúde. O ex-secretário é filho do principal financiador das campanhas de Fernando Gomes, Jaime do Amor. Ele se demitiu na mesma semana em que outro importante secretário resolveu sair da Prefeitura.

Chico França

O secretário de Desenvolvimento Urbano, Francisco França, também pediu demissão nesta semana, sem explicar os motivos. Fontes da própria prefeitura dizem que pediram a ele para assinar documentos ilegais.

Também comentam de obras iniciadas sem sequer consulta ao secretário. Chico França pediu demissão da Prefeitura de Itabuna na segunda-feira. Ele entregou a carta de exoneração do cargo de secretário de Viação e Obras depois de apenas 3 meses no governo.

Segundo uma fonte da prefeitura, o filho do prefeito Fernando Gomes constantemente interferia na secretaria e a gota d'água teria sido a abertura de duas ruas sem sequer consultar o engenheiro. Este é o terceiro a sair do cargo.

O primeiro foi o filho Sérgio Gomes, que era secretário de Transporte e Trânsito, depois que a imprensa denunciou o nepotismo e o caso virou manchete nacional. Depois foi a vez de José Leopoldo, que comandava a Fundação de Atenção à Saúde de Itabuna, mantenedora do Hospital de Base.

Novamente, as informações não oficiais são de interferência indevida dos filhos de Gomes. Francisco França já tinha participado da prefeitura, na gestão de José Newton Azevedo, pedindo exoneração da presidência da Emasa em menos de 30 dias.