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jamil ocke
25.Março.2017

Preso na "Citrus", Jamil está no presídio

Ariston Cardoso, em Ilhéus, onde teve a cabeça raspada, uma exigência do regulamento. Por ter curso superior, tanto o vereador quanto os outros alvos da operação estão em celas separadas. Jamil Ocké era secretário de Desenvolvimento Social e hoje é vereador.

Forma presos também o ex-secretário Kácio Clay Brandão e o empresário Enoch Andrade Silva, apontado como operador do esquema. Wellington Andrade Novais e Lucival Bomfim Roque também estão no presídio.

Só Thayane Santos Lopes, única mulher presa, foi levada para o presídio de Itabuna, que tem carceragem feminina. A prisão dos suspeitos era de 5 dias e foi prorrogada por mais 5 pela juíza Emanuelle Vita, exceto no caso de Lucival Bomfim Roque, que foi solto.

A investigação usou escutas telefônicas autorizadas pela Justiça e apreendeu documentos na casa dos acusados, na Câmara de Vereadores e na Prefeitura de Ilhéus. Todas as ações foram baseadas em mandados de busca e apreensão emitidos pela Justiça.

Eles são acusados de montar um esquema de fraude com licitação que custou mais de R$ 20 milhões ao Município, envolvendo também as secretarias de Educação, Saúde, Administração, Desenvolvimento Urbano e Agricultura.

A investigação

O Ministério Público investiga as fraudes desde dezembro de 2015, quando viu indícios em um contrato da Secretaria de Desenvolvimento Social. Além dela, descobriu fraudes nas de Educação, Saúde, Administração, Desenvolvimento Urbano e Agricultura e Pesca.

“No curso das investigações, verificamos que não se tratava de um caso pontual de fraude a procedimento licitatório. Aquela fraude, na verdade, se encartava dentro de um contexto de esquema sistemático de fraude”.

Ele explica que o grupo agia desde 2009, fraudando contratos com apoio do núcleo político. O grupo dominou o fornecimento de bens à prefeitura, de alimentos e materiais de expediente. A quadrilha montou empresas em nome de laranjas, que fraudavam as licitações.

As empresas laranjas são Marileide S. Silva de Ilhéus, Mariangela Santos Silva de Ilheus EPP, Thayane L. Santos Magazine ME, Andrade Multicompras e Global Compra Fácil Eireli-EPP, todas geridas por Enoch Silva.

Elas ganhavam os contratos, superfaturavam os preços ou não entregavam parte do material contratado. “O dinheiro público era desviado e transferido para laranjas, com o fim de ocultar a verdadeira identidade dos seus reais beneficiários”, completa Ferrari.

Também foi identificada a participação do empresário Noeval Santana de Carvalho, que celebrava contratos irregulares com o Poder Público para fornecimento de merenda escolar.