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4.Novembro.2017

Grávidas devem testar para zika duas vezes

porque apenas um resultado negativo pode não ser suficiente para descartar a presença do vírus da zika em gestantes. É o que mostra um novo estudo feito pela Famerp, faculdade estadual de medicina de São José do Rio Preto, no interior paulista.

A pesquisa, publicada na revista “Emerging Infectious Diseases”, analisou amostras de urina de 15 grávidas infectadas pelo vírus durante a gestação. Segundo o virologista e coordenador da pesquisa, Maurício Lacerda Nogueira, a urina foi testada do primeiro ao último trimestre de gestação.

Houve períodos em que a carga viral sumia, em algumas das grávidas, e depois voltava a aparecer. Em apenas uma das voluntárias o vírus foi detectado durante sete meses. Em cinco delas o teste deu negativo e posteriormente positivo. Em todas elas o vírus sumiu logo após o parto.

“Esses dados mostram que durante a gestação o vírus continua se replicando na placenta ou no bebê, que servem como um reservatório para ele”, disse Nogueira ao jornal Folha de São Paulo. “Como a carga viral fica muito baixa na mãe ela acaba não sendo detectada no exame”.

Sem microcefalia

O estudo afirma que, mesmo que o teste dê negativo para a zika, deve ser refeito pelo menos mais duas vezes com uma semana de intervalo. Nenhuma gestante do estudo gerou bebês com microcefalia, mas três apresentaram complicações que podem ter sido causadas pelo vírus.

Duas crianças tiveram problemas de audição e uma cisto no cérebro. A pesquisa foi feita em 2016, com gestantes do Hospital da Criança e Maternidade de São José do Rio Preto. Hoje existem dois testes mais utilizados pelos médicos.

Um foi desenvolvido pelo MIT, nos EUA, com participação da Fiocruz, o Instituto Evandro Chagas, a Famerp e as universidades federais de Minas Gerais e Sergipe. Ele é o primeiro a identificar a presença do vírus da zika imediatamente e diferenciá-lo do vírus da dengue.

No Brasil, o método mais usado é o teste molecular pelo exame de RT-PCR, feito em laboratório a um custo de R$ 400 e resultado em média em uma semana, oferecido na rede pública ou particular de saúde. Outro é o teste sorológico IgM e IgC, oferecido gratuitamente pelo SUS.



 

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