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20.Janeiro.2018

Congresso do Brasil é o mais caro do planeta

com extras para moradia, funcionários, aluguel de escritório, telefone, veículos, combustível, divulgação do mandato, passagens aéreas, entre outras coisas. Plano de saúde em condições vantajosas e até vitalício. Ajuda de custo equivalente a dois salários adicionais no início e no fim do mandato.

Esses são alguns dos benefícios que fazem do Congresso Nacional um dos parlamentos mais caros do planeta e o único com “ajuda paletó”, invenção genuinamente nacional. O Brasil ocupa a sexta colocação em salário de deputados em razão do Produto Interno Bruto (PIB) per capita.

À frente, gastam mais com seus representantes algumas das nações mais pobres do planeta, como Nigéria, Gana e Quênia, que lideram o ranking da disparidade entre as despesas com parlamentares e a média da riqueza de sua população.

Assessores demais

O país também se destaca em número de assessores pessoais por congressista. Nos Estados Unidos, cada deputado pode contar com até 18 auxiliares. No Chile, com 12, e na França, com 8. Já no Brasil esse número chega a 25 assessores.

O Senado brasileiro permite a contratação de 55 funcionários, mas há senadores que chegam a muito mais. É o caso de Fernando Collor de Mello (PTC-AL), com 80, e de João Alberto Souza (MDB-MA), com 84 servidores às suas ordens.

Levantamento do jornal El País, focado na América Latina, também aponta a disparidade entre os ganhos dos parlamentares e o salário médio dos cidadãos. O Brasil tem a maior remuneração para deputados e senadores da região, seguido de Chile, Colômbia e México.

Mais benesses

Deputados e senadores recebem de salário R$ 33.763, porém os primeiros têm um “cotão” de até R$ 45.612, mais auxílio-moradia (mesmo que possuam imóvel na cidade) de R$ 4.200, R$ 92 mil para contratar até 25 funcionários, ajuda de custo igual ao salário (R$ 33.763) duas vezes no mandato.

Os senadores tem de extras um cotão de R$ 44.276, auxílio-moradia de R$ 5.500, liberdade para contratar até 55 funcionários sem limite de gastos, ajuda de custo de R$ 33.763 duas vezes no mandato, carro oficial com motorista e plano de saúde vitalício. O dos deputados é só durante o mandato.

Para Guilherme Brandão, diretor do Observatório Social de Brasília, essa realidade só será mudada quando o brasileiro perceber que sua participação não se limita ao voto. “Falta maturidade para fiscalizar. Não basta criticar, é preciso também avaliar e fiscalizar as políticas públicas”.