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Memoria Grapiuna

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História de Itabuna

Enchente de 67 foi a maior, mas não a única
a causar estragos, destruir casas, levar móveis e matar gente e animais. A primeira grande enchente que se tem notícia em Itabuna, segundo dados do historiador José Dantas de Andrade, aconteceu em 1914. O rio ainda era pouco explorado e muito estreito, mas atendia bem a seus poucos habitantes da época. enchente 67
      Foi em 1947 que veio a segunda grande enchente, quando moradores dos bairros Mangabinha, Burundanga, Bananeira e margens do canal viveram na pele o sofrimento do desabrigo, da destruição. "Foi sofrimento para os pobres e susto para os ricos", diz Dantinhas. Ele lembra que as toneladas de baronesas que seguem para Ilhéus não é coisa nova.
      Passaram-se 20 anos até que, aí sim, a maior enchente de todos os tempos, a de dezembro de 1967, veio para ficar registrada na memória do itabunense até os dias atuais, com os dois dias de cheia mais violentos e ferozes de um rio que, por muitos anos, saciou a fome de centenas de famílias de lavadeiras, areeiros e pescadores.
      Foi mesmo a enchente de 67 que invadiu o maior números de ruas e avenidas, atingiu bairros pobres e ricos, causou mortes e prejuízos incalculáveis, segundo a "Carta do Cachoeira aos itabunenses", no Documento Histórico de Dantinhas.
      Prejuízos
      A carta diz que "os que mais sofreram foram os ricos porque, na minha passagem pela Avenida do Cinquentenário, Paulino Vieira, Praça Adami, Adolfo Maron, Firmino Alves, Praça João Pessoa, Amélia Amado, além dos bairros Conceição, Pontalzinho e Mangabinha, estive em luxuosas alcovas, estraguei caríssimos móveis, arrastei carros, cofres, quebrei portas de ferro, danifiquei mercadorias, molhei cedas e cetins, encharquei cheques e notas de cruzeiro novo..." enchente de 67 por Eduardo Fonseca
      Na estranha e deliciosa Carta do Cachoeira, o rio parece pedir desculpas pela invasão quase inocente, inesperada e destruidora.. "Voltei ao meu leito. Vocês me culpem por tudo o que fiz e o que não fiz... caluniem-me, como estão dizendo que eu levei coisas e objetos que nem cheguei a molhar. Exagerem minhas proezas, como estão dizendo pelos jornais que matei mais de mil e desabriguei mais de 35 mil pessoas”.
      “Vinguem-se de mim, jogando toda a sujeira e podridão que deixei nas ruas. Digam que sou perverso, ladrão, assassino e destruidor. Tudo isso minhas águas levaram para Ilhéus. Espero que vocês, pouco a pouco, se conformem e se esqueçam do que aconteceu. Trabalhem para recuperar o que perderam, enquanto eu continuarei a ajudar-lhe a construir o que foi destruído e a lavar o que ficou sujo".
      A vingança
      Pois é, Rio Cachoeira. O itabunense não esqueceu sua maior grande enchente. Nem mesmo se quiséssemos, pois existem muitas fotos, tiradas de todos os ângulos e de várias partes por Émerson Fotógrafo. Elas são mais do que testemunhas, são lembranças vivas. A geração daquela época jamais vai esquecer os dois dias que abalaram Itabuna.
      E a vingança veio. O rio está cheio de lixo, entulho e se transforma cada vez mais num grande esgoto a céu aberto. Os projetos para sua recuperação estão prontos, mas esquecidos nas gavetas de uma escrivaninha qualquer.
      Dizem que falta dinheiro. Na verdade, falta vontade política.


Memoria Grapiuna é um projeto da Fundação Jupará com patrocínio da rádio Morena FM 98.7 e jornal A Região.

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