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7.Setembro.2013




Aldo Bastos, diretor do Centro de Cultura Adonias Filho


“Falta incentivo para nossos atores mostrarem o talento”
aldo bastos afirma Aldo Bastos, diretor do Centro de Cultura Adonias Filho, em Itabuna, e um veterano da cultura. Itabunense, ator, diretor, poeta e até ator de fotonovelas, Aldo adaptou para o teatro infantil dezenas de peças e só parou para administrar o CCAF.
      Entre as peças que dirigiu estavam as infantis O Rei Leão, Gasparzinho e Pluft, mas ele também adaptou peças adultas, algumas de forte conteúdo, como A Navalha na Carne. Nesta semana Aldo foi o entrevistado de Marcel Leal no programa Mesa Pra Dois, da rádio Morena FM.
      Bastos falou de cultura e da reforma que vai fechar o CCAF por algum tempo. Confira.

Aldo, esta reforma do CCAF era esperada há muito tempo, não?
       Pois é, pela primeira vez o centro de Cultura Adonias Filho passará pela tão sonhada reforma completa que sempre esperamos. Até então tinha sofrido apenas algumas “maquiagens”. A empresa que ganhou a licitação já está montado equipamentos para a obra. Os serviços incluem reforma de banheiros externos e dos camarins, com tudo o que teme direito, desde iluminação a espelhos e equipamentos novos. A acessibilidade também é uma das prioridades. Teremos poltronas acolchoadas que vão oferecer mais conforto para o público.

Uma coisa que chama a atenção é que você administra o CCAF com “mão fechada”...
       Sem duvida, quando estamos lá evitamos luzes acesas, desperdício de água e tudo o que for necessário. Estamos inclusive apelando para a Emasa rever nossas contas, que chegam a quase R$ 6 mil. Pelo que temos usado de água não justifica nem de longe esse valor.

O centro ficará todo fechado durante a reforma?
       Não, porque existe uma agenda grande para a produção regional. A reforma começará pela área externa, na concha acústica, enquanto a sala principal estará funcionado até novembro, quando iniciaremos as obras no interior.

Como ficarão as academias que usam o centro para os festivais de fim de ano? O anfiteatro da AFI, que foi reformado graças a uma campanha em toda a cidade, não reabriu e não prestaram contas.
       Esse teatro tem história em Itabuna. Estreei minha primeira peça nos palcos da AFI. Muitos atores famosos da região também passaram por lá. Jackson Costa, que foi locutor aqui na Morena FM, foi um deles. Saiu para o teatro em Salvador e no lugar dele ficou Osvaldinho Mil, que hoje também é ator. Temos uma imensiodão de talentos como eles e demanda. Itabuna já comporta até quatro teatros e um centro de convenções, mas para pelo menos dois mil lugares. O que seria construído não teria capacidade para atender a demanda hoje. Além do lugar, que não é o adequado.

Voltando à reforma, as escolas vão manter os eventos até o meio de novembro?
       Vamos deixar a sala de espetáculos por último. E só vamos parar as atividades nas salas quando estivermos trabalhando nos banheiros. Nas salas temos oficinas de dança, como forró, swuing, dança de rua, do ventre, ballet, e também capoeira. O espaço está bem disputado e a demanda maior do que o que podemos oferecer.

Muita coisa já foi melhorada nos últimos anos? Lembro do calor lá dentro...
       Tivemos recentemente a conferencia de cultura e o pessoal pediu até para desligarmos um pouco o ar condicionado, que está funcionando muito bem, assim como a iluminação. Temos mesas digitais, dois datashows, projetores e outros equipamentos importantes para o bom funcionamento.

E como está o projeto de cinema?
       Está bem, é o projeto Terça na Tela, com uma gama de filmes interessantes com a BR Petrobras, que tem incentivado a cultura. A Bahia está incluída. Um dos filmes é o Cuíca de Santo Amaro, que será encenado neste sábado, a partir das 19 horas, com entrada franca. Já na próxima semana teremos “A beira do caminho” e muitos outros, que divulgaremos futuramente.

Teve uma época em que você deixou de ser Aldo Bastos e virou um italiano. Conte como foi.
       É, eu era “Lauro Zanoli” e todo o elenco tinha nomes diferentes para apresentar o espetáculo “Todos estão nus”. O teatro lotou. Foi um belo momento. Mas o grande momento mesmo do teatro de Itabuna foi na década de 80 e inicio de 90. Eu mesmo cheguei a montar dois espetáculos por ano. Hoje está decadente, embora Itabuna seja um celeiro enorme de bons profissionais. Fabio Lago, Rita Santana, Lamartine, Vladimir Brichta, Marcos Cristiano são apenas alguns nomes que se tornaram famosos.

Voce acha que as empresas não investem na cultura?
       Acredito que hoje falta mesmo incentivo e patrocínio para nossos atores mostrarem seu talento e sua arte, que é ampla. Assim fica difícil alguém na região se projetar no mundo da arte.

Voce parou de fazer peças. Por que?
       Estou dirigindo o Centro de Cultura e não posso me projetar nem quero usar “laranja”. Fazendo a coisa certa já sou criticado, se fizer errado é pior. Já pediram até minha cabeça, tivemos pessoas desequilibradas que tentaram tumultuar nossa gestão, mas não conseguiram. Hoje devem estar fazendo maldade em outras áreas. Tenho consciência que estou no cargo e ele é passageiro. No dia em que não tiver mais nada para fazer ali, não tem porque eu continuar.

Mesmo sem esse apoio, muita gente se projeta, não é?
       A produção caiu bastante na região, mas Osvaldinho Mil está fazendo o Rei Leão, uma produção americana em nível nacional. Ele também participou do filme de Chico Xavier, teve participação em novelas. Temos tantos nomes de Itabuna, Ilhéus, Itajuípe, e Buerarema. Ramon Vane, por exemplo, foi premiado em Brasília com o filme “O homem que não dormia”.

O que temos de produção para este mês?
       Temos uma exposição de Guido Lima, de Ilhéus, até o dia 9. O trabalho dele é muito bom. A artista Nadja Alves também está com uma exposição no Shopping. Ela promete ser uma grande revelação no sul da Bahia. O trabalho é belíssimo. Teremos Baby Jack, Teodorico Majestade e O Inspetor Geral, de Romualdo, a programação é intensa. Já temos para outubro espetáculos para a criançada. Apesar de que, em função da reforma, muitos eventos estão migrando para outros espaços.

Existe verba regular para a manutenção do centro?
       O Centro de Cultura nunca teve verbas próprias, mas existem permutas permitidas pelo Governo do Estado. Recentemente fizemos uma rampa para cadeirantes, e cada vez que fazemos uma melhoria contamos com a permuta. Pode ser algo simples, como a própria arte, que também é simples.

O CCAF tem algumas figuras que já estão há muito tempo ali, não?
       Tem sim, entre eles está o pipoqueiro, que deveria ser tombado como patrimônio. Foi um dos primeiros a se instalar no local e é fiel até hoje. Temos até duas gatinhas que apareceram e nós as adotamos.

Como está a área externa do centro?
       Está mais para uma praça. Temos valorizado muito com a construção de canteiros, bancos de cimento, esculturas e outras obras de arte, boa iluminação e totalmente arborizada. Temos transformado aquela área em uma praça porque falta esse espaço em Itabuna. As existentes estão abandonadas.

Itabuna comporta uma escola de arte a nível superior?
       Já comporta sim, pelo grande celeiro e a demanda de hoje. Acredito que a Ufesba já está com um projeto para isso. A partir dai acredito que vão surgir novos nomes da cultura. O que sinto falta hoje em Itabuna é o cinema. Já tivemos seis salas e hoje não temos nenhuma para contar a história. Oásis, Itabuna, Marabá, Catalunha são nomes que a antiga geração sente saudade porque viveu bons momentos neles.

Algum recado final?
       Quero dizer aos artistas, que tiveram suas pautas canceladas, que tenham paciência porque a causa é nobre. Quando o centro de cultura estiver pronto, teremos um espaço melhor, mais confortável e digno de nossa rica cultura grapiuna.

 

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