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17 de Janeiro de 2004

Célia Maria Fonseca, ex-presidente do Gacc
"Aprendi muito com a dor das pessoas"

       afirma a ex-presidente do Gacc, Célia Maria Souza Fonseca, que faz do serviço voluntário uma razão de vida, um desafio que começou com uma infância pobre, mas superada com coragem, determinação, bom humor, otimismo e estudos. Hoje ela se considera vitoriosa.
       Especializada em Economia pela Uesc, aposentada da Ceplac e professora num colégio e curso pré-vestibular, Célia deixou este mês a presidência do Grupo de Apoio à Criança com Câncer (Gacc), onde atuou por duas vezes como diretora administrativa e mais duas como presidente, para assumir um novo desafio: presidir o Conselho Municipal de Assistência Social. Mais uma vez como voluntária.
       "Estou acostumada ao trabalho voluntário. Foi uma opção de vida que escolhi e me sinto realizada", confirma. Ela começou seu trabalho social na comunidade eclesiástica, seguida da Pastoral Carcerária e a partir daí não parou mais. E lembra: "deixei a presidência do Gacc, mas não saí da instituição".

A Região - O que o Gacc representa na sua vida?
       O Gacc é uma continuidade do meu trabalho na comunidade. Além da Eclesiástica e na Pastoral Carcerária, na Ceplac eu atuava nas greves e sindicatos e no Grupo de Apoio à Criança com Câncer, claro que com um público diferente, mas a missão é a mesma: cuidar da inclusão das pessoas. Isso para mim é muito importante. Não é querer ou poder fazer - é uma missão. O GACC na minha vida foi motivo de crescimento, aprendi e tive que estudar muito sobre administração e a questão legal.

AR - Qual aprendizado?
       Aprendi muito mais com as crianças, com as mães delas, com a dor, a morte, a recuperação. Isso me deu condição de ser uma pessoa hoje mais madura, consciente. Faço isso não porque sou uma pessoa boa. A questão da humanidade não é ser boa, é questão de justiça. Eu tenho direito à saúde, e quem não tem? Eu encaro o meu trabalho como uma questão de cidadania.

AR - Seu trabalho é voluntário. Meio difícil hoje quando o capitalismo fala mais forte....
       Temos muitos desempregados nesse país e a gente exigir que uma pessoa desempregada venha fazer um trabalho voluntário é difícil. Mas o voluntariado ultrapassa a questão do emprego. É uma visão de que você deve participar do processo de mudança da realidade. Seja com crianças, adultos, velhos. O voluntário tem que ter essa característica, a disponibilidade de se comprometer com a causa. Quando se compromete, aí não tem dia, não tem hora, não tem local e ele tem que estar presente.

AR - A senhora deixou o Gacc ou pretende continuar dando assistência?
       Na verdade deixei a diretora. Está entrando uma nova diretoria, capaz, que acredito vai continuar fazendo um bom trabalho, mas não deixei o Gacc. Ninguém passa por uma instituição durante seis anos e meio e fica sem participar dela. Vou continuar sendo voluntária, vou colaborar com a causa da criança com câncer e naquilo que for solicitada.

AR - A senhora está com um novo desafio. Presidir o Conselho Municipal de Assistência Social. O que é esse conselho?
       O conselho é uma instituição legal, composta de instituições governamentais e não governamentais, para acompanhar e discutir a assistência social no município. O que se observa é que tem muita gente fazendo assistência social. Digo fazendo e gostaria de frisar o "fazendo" porque nem sempre esse fazer social está dentro das características da cidadania e da inclusão. Mas temos que entender que não podemos deixar alguém com fome. Tem muita gente dando comida, sopa, enxoval e o trabalho que assumimos à frente desse conselho é coordenar tudo isso. A prefeitura de Itabuna tem seu trabalho de assistência social e nós vamos trabalhar junto para revitalizar as instituições.

AR - A senhora disse que o conselho reúne várias instituições.
       Ele é formado por mais de 30 instituições que fazem alguma coisa pela inclusão em Itabuna. A diretoria já está trabalhando com outras pessoas, elaborando programas que serão desenvolvidos nesses dois anos em que estivermos à frente da instituição.

AR - Essa nova tarefa também é voluntária?
       Também é voluntária (risos). Mas, graças a Deus, o que eu recebo dá para viver sem precisar ganhar dessa missão.

AR - E quais são as propostas do Conselho de Assistência Social?
       Estamos discutindo a capacitação dos gerentes das instituições. De um modo geral as pessoas vão para a instituição porque têm boa vontade, por querer fazer, mas muitas vezes falta capacitação. Geralmente se queixam da falta de recursos. Mas o que se observa é que falta de recursos não é causa, é conseqüência de falta de planejamento, de captação, e muitas vezes isso leva a instituição a um estado não de falência, mas de debilidade, que prejudica sua atividade.

AR - O que está sendo feito para corrigir isso?
       Estamos redigindo um projeto e vamos entrar em contato com as universidades para ver se a gente pode ser beneficiado com esse trabalho. Também vamos criar uma área de projetos. Tem muita gente no Brasil querendo dar dinheiro a instituições. Mas ninguém dá dinheiro se não conhecer um projeto que tenha viabilidade, que faça prestação de contas. Queremos saber quem pode dar o dinheiro, para orientar essas instituições a criar atividades. Estamos pensando também na criação de uma área de marketing, porque não imagino uma instituição hoje que não tenha um site na internet.

AR - A internet será uma grande ferramenta para instituições sociais?
       Quem dispõe de recursos para doar tem internet. As instituições têm que mostrar a cara para a comunidade. A nossa comunidade é extremamente solidária, muito boa. O Gacc, por exemplo, está sendo apresentado na mídia e todos os dias recebe doações. Porque outras instituições não podem ter essa mesma visualização pela comunidade?

AR - Enquanto não existem verbas, como o CMAS está se mantendo?
       Na verdade não temos nem espaço físico ainda. Mas a secretária de Desenvolvimento Social de Itabuna, que foi presidente durante dois anos, está disponibilizando um local. A gente pretende que a partir de junho esse lugar esteja disponível e, enquanto isso, fazemos reuniões nas instituições. Até porque é bom que a Apae, o Lar Fabiano, o Gacc e tantas outras conheçam o trabalho do conselho.

AR - O que esse conselho vai significar para a comunidade?
       Acho que vai ser um avanço e por isso a gente pede o apoio da imprensa e de toda a comunidade. A gente pede uma adesão das instituições também, porque temos visto que as instituições ficam no conselho só cobrando da presidência, mas todos nós temos que trabalhar para revitalizar o conselho em função da necessidade das instituições. Eu dizia, no dia em que fui empossada, que vou fazer tudo que é legal.

 

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