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1 de Julho de 2006

Edson Dantas, presidente da Câmara

"A Câmara ganhou respeito na sociedade"
diz Edson Dantas, presidente da Casa, em sua primeira experiência num cargo eletivo depois de eleito pelo PSB. O vereador Edson Luiz Ramos Dantas é médico ortopedista, tem 53 anos, é casado, pai de três filhos.
       Secretário de Saúde do governo municipal passado deixou a secretaria por divergências com o então prefeito Geraldo Simões, a quem acusa de não ter cumprido compromissos assumidos com a pasta.
       Seu nome foi escolhido pelo PSB para concorrer à Câmara Federal em outubro e Edson Dantas concedeu esta entrevista ao jornal A Região para falar de suas propostas e fazer uma avaliação dos 18 meses de mandato.

A Região - Como o senhor avalia sua eleição para a presidência do Legislativo?
       A minha eleição para a presidência foi fruto de um entendimento que reuniu sete dos treze vereadores da Casa, que assumiram o compromisso de construir uma Câmara independente, transparente e com uma nova proposta administrativa. A constituição da Mesa foi criteriosa mesclando vereadores experientes como Acilino e Roberto de Souza e novatos como Claudevane e eu.

AR - Que balanço o senhor faz desses 18 meses?
       Avançamos no campo político e se você me perguntar o que me deixou mais contente não tenho dúvida em afirmar que foi a dimensão que a Câmara ganhou junto à sociedade, pois não ficamos omissos, participamos de todas as ações, lutamos pelas instituições, promovemos debates, discutimos a educação, a saúde, a segurança, aprovamos projetos de interesse da comunidade, levamos a Câmara aos bairros e fizemos uma administração transparente e moralizadora.

AR - O que poderia ter sido feito e não foi realizado?
       A impossibilidade de fazer a reforma do prédio. A dúvida jurídica, se ficaríamos com 13 ou voltaríamos a ter 19 vereadores foi um dos motivos. Ampliar os gabinetes, torná-los mais confortáveis e funcionais, esbarraria na questão do espaço físico caso o Judiciário decidisse pelo aumento de membros do Legislativo. Enfrentamos também o remanescente de uma dívida em torno de R$ 1,1 milhão com servidores e pensionistas e questões na justiça. Já a reduzimos de forma significativa em mais de R$ 800 mil. Outra coisa que me entristeceu foi não aprovarmos o projeto contra o nepotismo no Executivo.

AR - Como foram as relações com o Executivo e como fica a futura Mesa?
       Sempre tivemos uma relação respeitosa entre os Poderes, mas nunca submissa. Quando perdemos o Vereador Gegéo, houve um desequilíbrio de forças, pois a bancada do Prefeito passou a ser maioria. Acho que na eleição da Mesa, em dezembro, o Prefeito pode vencer. Mas continuaremos buscando o entendimento para garantir a independência da Câmara.

AR - Sua carreira política é meteórica e bem sucedida. Secretário, vereador, presidente da Câmara. O que o motiva?
       A minha formação profissional é a Medicina e o médico, por estar muito próximo da realidade do povo, é sensível aos seus problemas. Percebi que poderia ser útil estando próximo do poder decisório. Sou contra os que querem o poder a qualquer custo, o poder pelo poder, pois é este que degrada o meio político e faz com que a sociedade olhe as eleições com indiferença. Defendo uma nova forma de fazer política, com transparência, inclusão. Sinto também que há um vazio na classe política, onde o "esperto" ganha cada vez mais espaço, onde política passou a ser sinônimo de corrupção, trapaça, jogo de interesses.

AR - Como foi a experiência como Secretário de Saúde?
       Acreditei na proposta do Prefeito Geraldo Simões e terminei me decepcionando, pois o prefeito não demonstrou compromisso com a saúde como prometeu em campanha. A Municipalização, que eu continuo defendendo, foi feita de forma açodada, sem ouvir a sociedade. Observe que 95% das cidades do Sul do país estão com bem sucedidos modelos de municipalização. São Paulo tem 80%. Rio de Janeiro 50%. Acho que o modelo ainda é o melhor embora exija reajustes quase que mensais pois é a atenção básica.

AR - Por que a sua candidatura à Câmara Federal?
       O PSB acolheu o meu nome de forma singular. Minha atuação na Câmara serviu como vitrine. O PSB é um partido organizado e sério e honra a qualquer cidadão. Observe que nesses escândalos todos, de dimensão nacional e internacional, o partido saiu ileso. Outra motivação é o vazio da representação regional no Congresso. Não se vê uma ação conjunta dos nossos deputados em Brasília, pelo contrário, o que se vê são parlamentares envolvidos com "mensalões" ou que não podem ouvir sirene de ambulância que pensam que é a polícia.

AR - Como será sua atuação na Câmara Federal, caso seja eleito?
       Levarei para a Câmara Federal propostas em defesa das nossas instituições, da região. Há anos se fala na institucionalização da Ceplac e no Governo Lula se esperava que o assunto fosse concluído, mas o que se vê são discursos e promessas e os quatro anos já estão se acabando. Na Ceplac a extensão está parada, a pesquisa devagar e o quadro não se renova porque não há concurso público. O resgate da atividade rural na região passa por uma Ceplac forte e vamos propor uma coalização de parlamentares em defesa da instituição.

AR - E quanto à educação?
       Quero propor a Universidade Federal do Sul e Extremo-Sul da Bahia. O fortalecimento da UESC, que recebe verbas de conta-gotas e não pode equipar um hospital veterinário pronto há anos; e das instituições de nível superior na região, que são mais de 20, também merecerão a nossa atenção. Outra questão é o ensino fundamental. Quero ser um aliado das prefeituras, mas nas emendas vamos acompanhar a liberação e aplicação dos recursos.

AR - Como vê as necessidades da economia regional?
       Estamos preocupados com o vazio que vai acontecer entre Itabuna e Camacan com as atividades turísticas em Ilhéus, Itacaré e na baía de Camamu, também como pólo de petróleo e extração de gás; e o pólo de celulose ao Sul. Esse vácuo tem que ser preenchido pela nossa vocação de pólo prestador de serviços.

AR - Como médico como o senhor vai se situar na Câmara?
       Lutarei pela correção da tabela do SUS. Não podemos suportar consultas de R$ 7,85, parto a R$ 290,00 e diárias hospitalares a preços que não pagam um lanche. O corpo clínico dos nossos hospitais é de primeiro nível e precisa ser mais respeitado. Nossa infraestrutura médica só pode ser comparada a Salvador e Feira de Santana.

AR - Como o senhor vê a questão da segurança?
       A violência tem algumas causas conhecidas. Em nossa região a Vassoura-de-Bruxa, que quase dizimou a lavoura de cacau, empobreceu produtores e desempregou milhares de trabalhadores, que migraram para as grandes cidades. E nada mais perigoso que um pai de família sem emprego a mercê do crime organizado. Essa denúncia da revista Veja sobre a introdução criminosa da doença na região precisa ser apurada com profundidade.

 

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