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17 de Abril de 2004

Marcelo Santos, presidente do PSDB em Itabuna
"A história do PSDB não deve ser jogada fora"

      
       afirma o presidente do PSDB de Itabuna, Marcelo Santos. Há pouco mais de um mês o PSDB local foi implodido por uma decisão tomada pelo vice-prefeito, Ubaldo Dantas, de dissolver o diretório municipal.
       Em Salvador, o vice-prefeito tratou de armar a arapuca para os colegas tucanos. A estratégia atingiu Marcelo Santos, presidente do diretório, Moacir Lima e Anorina Smith, as maiores figuras do partido em Itabuna, depois do vice-prefeito.
       O alvo principal da engenharia de Ubaldo é o prefeito Geraldo Simões. Articulado, Geraldo conseguiu obter o apoio de mais de dois terços dos membros da sigla tucana em Itabuna, contrariando o vice-prefeito, que numa hora anuncia ser candidato em outubro, noutra diz apoiar a candidatura do médico e ex-deputado Renato Costa.
       Como a ensinar as velhas raposas que se desgarraram do rebanho de Geraldo, Marcelo Santos diz que não se deve atuar na política com raiva. "É muito perigoso fazer política dessa forma", alerta Marcelo, num recado direto ao companheiro de partido e ao ex-deputado Renato Costa. "A gente tem é que ajudar cada vez mais a administração", diz, logo adiante, na entrevista a seguir. Ele fala sobre política itabunense e o processo de dissolução do diretório.

A Região - Em que situação está o pedido de dissolução feito por Ubaldo Dantas?
       O pedido foi encaminhado à Executiva Estadual e recebemos uma intimação para justificar, por escrito, a nossa posição a respeito. Os argumentos (de Ubaldo) para dissolver o diretório não são consistentes.

AR - Por quê?
       Desde 2001 o partido já havia arquitetado um projeto de manter ou indicar Ubaldo Dantas como vice na chapa de Geraldo (em 2004). Diante disso, mantivemos o acordo para trabalhar por Itabuna nesse quatro anos do governo de Geraldo.

AR - O que deu errado?
       Evidentemente, com a reorganização do partido e o fortalecimento de Ubaldo na eleição a deputado em 2002, era um projeto do diretório de Itabuna trabalhar a candidatura dele. Porém, Ubaldo não aceitou, renegando a própria candidatura em 2004. Ele tomou caminhos que foram de natureza individual, sem uma discussão com o partido sobre o que ele pensava a respeito disso. Aí foi que começou o problema.

AR - Mas ele não seria candidato?
       Até o início do carnaval oficial de 2004, meados de fevereiro, Ubaldo Dantas não era candidato, a partir daí começou a ser divulgado na imprensa que ele estava se dizendo candidato e lançou a candidatura própria a um só tempo. Nós precisávamos de uma discussão interna.

AR - Houve essa discussão?
       Tivemos, mas ele não deu essa certeza de candidatura e reafirmou mais uma vez que apoiaria possivelmente a candidatura de Renato (Costa). Ora, se a gente tem um acordo com o prefeito Geraldo Simões, achamos que sem discutir profundamente esta questão nós não prosseguiríamos. Não nos passa pela cabeça a idéia de construir um projeto para Itabuna baseado somente no "eu não gosto do prefeito, o prefeito é traidor, que fulano é isso". Não passa pela cabeça da gente fazer política com raiva.

AR - Com raiva?
       É, eu acho que é muito perigoso fazer política dessa forma. A gente tem que ter o cuidado de lidar com a política de forma independente, mesmo que boa parte dos políticos não pense assim.

AR - O que está sendo feito diante dessa situação?
       A questão está transitando na Executiva. Nós mandamos em tempo hábil a defesa contra a dissolução e pedimos uma sustentação oral que deve ocorrer na segunda-feira (dia 19). Estamos esperando a confirmação do presidente do partido, Nestor Duarte, para reafirmar isso. Em momento algum tomamos atitudes ou decisões isoladas do pensamento da Regional, sempre estivemos unidos, ouvintes, dando a nossa opinião à direção geral do partido aqui na Bahia.

AR - A Executiva nunca defendeu o rompimento?
       Nunca chegou a nós nenhuma decisão do deputado João Almeida ou de Jutahy Júnior ou de qualquer outro político que nos levasse ao rompimento com a administração municipal. Então, não incorremos em nenhum erro ético, muito pelo contrário, nós ultrapassamos muita turbulência. A cidade é testemunha de que as pessoas que compõem a direção do PSDB em Itabuna são respeitáveis e que respondem com seriedade aos interesses do nosso município.

AR - Comenta-se que a defesa da segunda-feira não vai valer quase nada...
       (Interrompe)... numa reunião que houve, no dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, recebi a notícia de um companheiro de Itabuna, membro da Executiva Regional, de que Ubaldo pediria a dissolução do diretório local. Essa discussão terminou tomando conta da maior parte da reunião, com a decisão dos grandes líderes do partido, em função de que Ubaldo teria tido os 22 mil votos ou quase isso. O que foi montado e formado a nível de partido político não pode e não deve, de repente, ser jogado fora. Ficando rachado do jeito que está, o partido vai ter um desempenho extremamente baixo (nas eleições).

AR - A quais diretórios o sr. pretende recorrer, ao nacional? Como vai ser o encaminhamento?
       Todo esse processo, o julgamento, tem várias instâncias, inclusive a Justiça comum, que a Constituição Federal permite isso. Mas a gente sabe também que a fragilidade da formação politico-partidária no Brasil leva ao caciquismo. Nenhuma decisão é definitiva. O que é definitivo hoje é que a gente tem um contrato posto, abençoado pela regional do PSDB da Bahia, em nome de Itabuna e por Itabuna.

AR - Então vocês apoiarão Geraldo?
       Não vejo por que não se discutir e apoiar uma reeleição de Geraldo já que não estou vendo qualquer candidatura consistente que pudesse abalar essa dicotomia, esse paralelismo entre Geraldo e Fernando (Gomes). Talvez fosse o momento de Ubaldo, organizadamente e com o partido unido, justificar o outdoor que botou aí (nas ruas).

AR - A equipe não está mais unida?
       A equipe Ubaldo Dantas, a união, o desenvolvimento, foram marca e parte das nossas memórias e lembranças, só que você não vê mais ninguém daquela equipe. Diferentemente do eu, tão apregoado na imprensa nesses últimos tempos, achamos que tem que ser dado lugar ao coletivo, nós precisamos pensar em Itabuna.

AR - Voltando a questão da equipe Ubaldo Dantas, ela não se repetirá?
       Dificilmente. Aquilo ali foi um momento histórico em Itabuna, muito bem arquitetado e conduzido, tinha muitas caras novas, pessoas jovem participando, como Osias Lopes, Ronald Kalid, Claudinho Macedo, a professora Norma Vídero. Não tem clima nem mais tempo para se formar uma equipe daquelas.

AR - O que o sr. acha dessa indecisão de Ubaldo? Uma hora ele diz que é candidato e depois recua...
       Há duas semanas ele disse que poderia ou não ser candidato. Quando ele aventa essa possibilidade de que pode não ser candidato já está eliminado e baixando a guarda de pessoas que poderiam estar com ele. O cargo eletivo exige firmeza, vontade e determinação para que uma candidatura possa ser viabilizada.

 

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