Provas: "batom na cueca" de Lula

O procurador Hebert Mesquita, responsável pela Operação Zelotes, disse nesta terça-feira, 12, que as provas da denúncia de tráfico de influência contra o ex-presidente Lula são “batom na cueca”.

Para ele, as provas demonstram que o petista, após deixar o Palácio do Planalto, ofereceu seu prestígio a empresas, em troca de viabilizar um contrato bilionário e a edição de uma medida provisória no governo de Dilma Rousseff.

A acusação está baseada numa série de mensagens e documentos que comprovam que Lula e o filho caçula, Luís Cláudio Lula da Silva, se envolveram em negociações com lobistas do setor privado.

Entre elas, as relativas ao contrato de compra de caças suecos da Saab e a edição da medida provisória 627, de 2013, que prorrogou inventivos fiscais a montadoras de veículos. Ambas foram tomadas na gestão Dilma.

Mesquita alega que houve encontros para tratar dos dois assuntos e que uma empresa de Luís Cláudio recebeu do lobista Mauro Marcondes Machado, representante das empresas, remuneração pelo apoio de Lula.

O repasse foi revelado pelo jornal O Estado de São Paulo em 2015. O procurador lembrou ainda que, num e-mail descrito na denúncia, os investigados mencionam que a MP só seria feita se Lula mandasse.

“Está tudo documentado. Com o perdão da expressão, é batom na cueca”, comentou, ao sair de uma audiência na 10ª Vara da Justiça Federal, em Brasília.

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