Fórum estadual
discute condições do Paranapanema
OURINHOS Conferência
marcada para 27 de agosto, para debater educação
e legislação ambiental do rio, será realizada
no teatro Miguel Cury
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Um
dos maiores da região, o Paranapanema ainda é um
rio não poluído |
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O 1º Fórum
Interestadual Sociambiental do Paranapanema será em Ourinhos
no dia 27 de agosto, com a presença do secretário
estadual do Paraná, Luiz Eduardo Cheida, do deputado paulista
Antônio Salim Curiatti (PP) e de representantes das bacias
hidrográficas.
O Paranapanema é o rio menos poluído do estado de
São Paulo. No último inventário de qualidade
de água interiores de 2007, o trecho do Médio Paranapanema
tem 96% de esgoto coletado e 72% dos municípios tratam
o esgoto antes de lançá-lo no rio.
Segundo o engenheiro Paulo Wilson, da Cetesb de Marília,
o índice indica pouca poluição se comparado
a rios de outras regiões.
A água é fundamental à vida e seus múltiplos
usos são indispensáveis às atividades humanas,
onde se destacam, entre outros, o abastecimento público
e industrial, a irrigação agrícola, a produção
de energia elétrica e as atividades de lazer e recreação,
bem como a preservação da vida aquática.
O evento busca unir os dois estados para instituir um dia dedicado
ao Paranapanema. Em São Paulo, a Assembléia Legislativa
aprovou a lei 10.488/99, de autoria de Curiati. Os organizadores
querem lei semelhante na mesma data, instituída no lado
paranaense, segundo Carlos Alberto Mantovani, presidente da Emvap.
Na linguagem indígena, Parapanema significa rio ruim
(pouco piscoso), segundo Clóvis Chiaradia, autor do vocabulário
de palavras indígenas.
A abertura do Fórum será às 8h no Teatro
Municipal Miguel Cury, coordenado pela Emvap em conjunto com organizações
não governamentais, secretarias estaduais e municipais
de Meio Ambiente e universidades de São Paulo e Estadual
de Londrina (UEL).
A conferência começa às 10h com o debate A
legislação e a Educação Ambiental
no Ensino Fundamental e Médio com participações
de Mário Mantovani, da SOS Mata Atlântica, de Rodrigo
Antonio de Agostinho Mendonça, do Instituto Vidágua,
do professor-doutor Marcos Sorretino da USP e representante do
Ministério do Meio Ambiente. A partir de 11h30, há
um coletivo com as ONGs do Vale do Paranapanema.
Depois da pausa para almoço, a partir das 14h a conferência
prossegue com o Paranapanema Vivo: Considerações
sócio-ambientais sobre o Vale do Rio Parapanema,
com participação do arqueólogo José
Luís de Morais, diretor do Museu de Arqueologia e Etnologia
da USP, de Maria das Graças de Souza do Instituto PE e
de Nyminom Suzel Pinheiro, antropóloga do Centro Universitário
de São José do Rio Preto (Unerp), e de Rui Hamilton
de Matos Vaz, da Coordenadoria de Assistência Técnica
(Cati) de Assis. A segunda palestra da tarde, depois das 16h,
será Biocombustíveis, ecossistemas e as responsabilidades
sócios-ambientais, com participações de Josimar
Paes de Almeida da UEL, de Sylmar Denucci, da Cati de Águas
de Santa Bárbara, de Mariana Valente, da WWF, e de Nirio
Bernadt, da Cati de Ourinhos. Na conferência das 19h30 vai
ser discutido Direito Ambiental: A evolução
da legislação, o Licenciamento Ambiental, Reserva
Legal, RPNs, o papel da promotoria pública e participação
popular, com participações de Théo
Botelho, assessor jurídico da Secretaria de Meio Ambiente
do Paraná, do promotor de Meio Ambiente de Ourinhos Silvio
da Silva Brandini e de Cláudio Augusto Bertolucci da Flora
Vale.