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Complicações decorrentes do
parto prematuro estão entre as principais causas de morte de crianças no mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Agora, um estudo da Universidade Yale, publicado no
JAMA Psychiatry, aponta que grávidas que sofrem de transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) e depressão maior têm quatro vezes mais chances de ter o bebê antes do tempo.
A equipe liderada pela psiquiatra Kimberly Yonkers selecionou 2654 grávidas com menos de 17 semanas de gestação e investigou sintomas de TEPT, histórico de depressão e uso de medicamentos antidepressivos. Observaram que 129 (4,9%) apresentavam sinais consistentes do distúrbio de ansiedade. Entre elas, descobriram que as que também haviam passado por um
episódio depressivo maior demonstraram risco quatro vezes maior de parto prematuro. Cada ponto a mais numa escala que mede sintomas de TEPT amplia esses dados em 1 a 2%. Além disso, mulheres que ingeriam medicamentos inibidores de recaptação de serotonina e benzodiazepínicos também apresentaram probabilidade maior de ter o bebê antes dos 9 meses, embora em menor proporção.
A psiquiatra aponta, porém, que o problema parece existir independentemente do uso de
antidepressivos. Acredita também que a relação com o humor ou sintomas de ansiedade não é direta. “Uma exploração mais profunda dos fatores biológicos e genéticos pode ajudar a identificar pacientes de risco e esclarecer caminhos que levam ao quadro”, diz.
(Com informações da Yale News).
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