a regiao
Find more about Weather in Itabuna, BZ
os vieira lima
9.Dezembro.2017

Mãe de Geddel fazia a lavagem de dinheiro

segundo a procuradora-geral da República Raquel Dodge. Ela pediu a prisão domiciliar de Marluce Vieira Lima, mãe do ex-ministro Geddel e do deputado Lúcio Vieira Lima, de 79 anos, além da detenção dos dois filhos e mais três investigados.

Junto com os Vieira Lima foram denunciados ao STF os ex-secretários parlamentares Job Ribeiro Brandão e Gustavo Pedreira do Couto Ferraz e o empresário Luiz Fernando Machado da Costa Filho. A acusação do MPF é de lavagem de dinheiro e associação criminosa.

“Marluce tinha um papel ativo e relevante nos atos de lavagem. Apesar de ser uma senhora de idade, não se limitava a emprestar o nome aos atos e a ceder o closet. Era ativa”, afirmou Dodge, em referência ao apartamento que a mãe emprestava para os filhos estocarem dinheiro ilícito.

Lavagem imobiliária

A procuradora diz que, a partir de 2011, a família Vieira Lima “passou a repassar parte do dinheiro vivo oculto, de origem criminosa, aos empreendimentos imobiliários de Luiz Fernando Machado Costa Filho” para “lavar” o dinheiro através de imóveis.

Até janeiro do ano passado, os R$ 51 milhões em dinheiro vivo encontrados no apartamento cedido a Lúcio ficaram escondidos em um closet da casa de Marluce Vieira Lima. Depois, R$ 42 milhões e cerca de U$ 2,5 milhões foram transferido em malas e caixas para o apartamento da Graça.

Ela pediu ao Supremo Tribunal Federal, além da prisão domiciliar de Marluce, fiança de 400 salários mínimos; e que Geddel, Lúcio, Marluce e Luiz Fernando paguem à União R$ 51 milhões de indenização por danos morais coletivos. Mas a acusação não é apenas de lavagem.

Função desviada

A secretária parlamentar Milene Pena afirmou, em depoimento à Polícia Federal, que trabalhava no apartamento da mãe de Geddel e cumpria tarefas como fazer compras em shoppings. O salário era pago pela Câmara dos Deputados, como se estivesse lotada no gabinete de Lúcio.

Além de Milene, os secretários parlamentares, supostamente lotados no gabinete de Lúcio, Job Ribeiro e Roberto Suzarte afirmaram à PF que cumpriam expediente também no apartamento de Marluce, em Salvador. E que devolviam parte do salário ao deputado, ficando só com 30%.

Job e Gustavo seriam os encarregados de receber e movimentar dinheiro em espécie para ocultar a origem. Depois de contar, Job seria o responsável por realizar pagamentos e fazer movimentações para o ciclo da lavagem do dinheiro. Digitais dos dois foram encontradas nos valores apreendidos.



 

terreno na bahia