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desemprego
18.Fevereiro.2017

70% já aceitam ganhar salário menor

do que no último emprego, segundo pesquisa da SPC Brasil e CNDL. É um dos reflexos da pior recessão da história do Brasil, com impactos sentidos pela indústria, comércio e serviços, resultando em uma taxa de desemprego que se aproxima dos 20%.

Não é a toa que 68% dos desempregados estão dispostos a ganhar menos do que recebiam no último emprego, principalmente os homens (74%) e os que pertencem às classes C, D e E (70%). Mas nem assim está fácil encontrar vaga.

As principais razões para aceitar ganhar menos são pagar as despesas (29%) e voltar ao mercado de trabalho (25%). Por outro lado, 32% não estão dispostos a receber menos, principalmente as mulheres (36%) e os que pertencem às classes A e B (44%).

Aqui a razão mais citada é o fato de encarar o salário menor como regressão profissional (15%), seguido de ser difícil voltar ao patamar salarial de antes (12%). Dos que participaram de ao menos uma entrevista desde que ficaram desempregados, 50% chegaram a recusar alguma proposta.

Cerca de 20% o fizeram porque a remuneração ou os benefícios eram insuficientes, enquanto 10% alegam que o local era muito distante de casa. Em geral, o desemprego não é novidade para a maioria dos brasileiros e 74% já passaram pela experiência.

Média de 12 meses

Praticamente metade dos entrevistados estão desempregados por um período que se estende por até seis meses (47%), sendo que a média de tempo chega a 12 meses. A busca por um novo lugar no mercado de trabalho é praticamente unânime (94%).

49% dos que ficaram desempregados eram do setor de serviços (48%), seguido pelo comércio (34%), indústria (12%) e setor público (5%). Em 68% dos casos, o desligamento foi feito por demissão, mas outros 16% garantem ter pedido demissão e 14% alegam ter feito um acordo.

87% alegam causas externas para a demissão, principalmente ligadas à crise econômica, como redução de custos por parte da empresa para lidar com os efeitos da crise (43%), diminuição nas atividades da empresa, resultando em mão de obra ociosa (15%) e fechamento da empresa (10%).

Somente 7% falam em motivações pessoais, como resultados abaixo do esperado no trabalho (3%) e dificuldade de relacionamento com os colegas e/ou chefe (2%). Perguntados sobre o tipo de oportunidade desejada, 51% preferem carteira assinada, enquanto 32% “qualquer vaga”.