segundo o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, do Instituto Penido Burnier. Ele alerta que, no verão, o contato com areia, sal e água contaminada favorece o surgimento de ceratite e inflamação da córnea, causada pelo acúmulo de depósito nas lentes de contato.

Nas viagens aéreas por mais de três horas, também guarde as lentes de contato. Nos aviões, o ar mais rarefeito resseca os olhos e contribui para a contaminação. O calor também pode ressecar a camada aquosa da lágrima e tornar o uso da lente de contato desconfortável.

Nosso organismo é composto em 60% por água. Perder 1,5% já indica uma leve desidratação, que tem reflexos no corpo todo, inclusive na visão. “Os principais sinais são coceira, ardência, sensação de areia, irritação, fotofobia e visão embaçada”.

O oftalmologista diz que todas as pessoas devem proteger os olhos com óculos, boné ou chapéu durante a exposição ao sol. Isso porque, a radiação UV (ultravioleta) favorece o desenvolvimento da catarata, doença que torna a visão embaçada pela degeneração das células do cristalino.

Cor das lentes

A cor das lentes não faz diferença, mas altera o conforto. “O mais importante é que tenham 100% de proteção UV. Proteger os olhos do sol também evita o pterígio, uma membrana que cresce na superfície ocular, atrapalha a visão e só pode ser eliminada com cirurgia”.

A recomendação é fugir dos óculos escuros falsificados, porque as lentes não têm proteção UV. “Por ser escuras, fazem com que as pupilas se dilatem, permitindo maior entrada de UV nas porções anteriores dos olhos, que se tornam mais vulneráveis”.

Um detalhe é que os óculos de sol não são para a vida toda. Um estudo publicado na Bio Medical Engineering mostra que o filtro UV tem validade de dois anos. O oftalmologista aproveita para indicar as cores de lente mais confortáveis conforme a atividade.

“Âmbar ou marrom permite boa visão de profundidade e reduz reflexos. A cinza é ideal para dias nublados, porque dá melhor contraste. Rosa e púrpura são para surfistas, por melhorar o contraste em fundos azul ou verde. E as amarelas são melhores para o lusco-fusco do fim da tarde”.