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mosquito
18.Março.2017

Infestação em Itabuna é uma das mais altas

do país com diversos bairros acima de 30% de casas com focos do mosquito transmissor de dengue, zika virus e chikungunya. O bairro Carlos Silva apresenta uma situação alarmante, com 60% de infestação, assim como o Jardim Primavera (41,66%) e o Fonseca (40%).

A situação também é insustentável no Novo Horizonte (38,09%), Novo Fonseca (34, 78%), Zizo (34,78%), Ferradas (34,48%), Sarinha (34,04%), Antique (33,33%) e Conceição (32,95%). Na prática, é grande a chance de Itabuna sofrer uma grave epidemia nos próximos meses.

Só agora, três meses depois da posse, a nova gestão vai iniciar os trabalhos de combate aos focos, pelo Carlos Silva, Fonseca e Novo Fonseca. Serão feitos mutirões de várias secretarias, porém a ação está mais concentrada em distribuir panfletos.

Como nos governos anteriores, a estratégia é a mesma, com “trabalho educativo” e “faxinaço”. O problema é que a faxina é feita num fim de semana e depois tudo volta ao que era antes, porque não há continuidade da limpeza em mutirão.

A prefeitura de Itabuna anunciou que colocará cinco carros fumacê para percorrer os bairros a partir “dos próximos dias”, porém esta é outra ação que está 3 meses atrasada. E o trabalho mais eficaz contra os focos sequer é citado nas matérias da prefeitura.

Falta o principal

Não existe nenhuma previsão de fazer visitas periódicas em todas as casas para apurar os focos e colocar inseticida nos locais. Só com uma visitação maciça, feita a cada 7 dias nos mesmos locais, é possível quebrar o ciclo de larva a mosquito.

O faxinaço atua nas ruas e terrenos baldios, mas 80% dos focos estão dentro de casa, onde o mutirão não vai passar. “Não adianta falar em 'interdisciplinaridade das ações', frase bonitinha, sem combater o mosquito onde ele realmente está,” critica um especialista da área.

“Os 18 bairros com mais infestação têm em torno de 45 mil imóveis que precisam ser visitados uma vez por semana, durante vários meses, para resolver,” conclui.