e 800 mil no mundo, sendo que entre 2011 e 2015 houve 55.649 casos no país, segundo o Ministério da Saúde. Entre 2011 e 2016, foram 48.204 tentativas de suicídio no país, sendo 58% delas por envenenamento ou intoxicação, 6,5% por objeto cortante e 6% por enforcamento.

A existência de Caps (Centro de Atenção Psicossocial) no município é apontada pelo ministério como um fator que reduz em 14% o risco de suicídio. Há 2.463 equipamentos do tipo no país. Mas o apoio e atenção de amigos e familiares é essencial.

O governo está preocupado, porque o número de mortes por suicídios no Brasil aumentou 12% em quatro anos. Em 2015, foram 11.736 notificações ante 10.490 registradas em 2011, diz a diretora do departamento de Doenças e Agravos Não Transmissíveis do Ministério da Saúde, Fátima Marinho.

Compromisso

“Assumimos na Organização Mundial da Saúde o compromisso de reduzir em 10% o número de casos até 2020. Para alcançar essa meta, precisamos agir de forma rápida e, sobretudo, nas áreas que indicam maior risco”.

Entre as medidas que deverão ser colocadas em prática está o aumento de Centros de Atenção Psicossocial em regiões onde os índices de suicídio são considerados mais altos e melhora dos fluxos de serviços de saúde para prevenção do problema.

Além disso, novos estudos deverão ser realizados para identificar as possíveis causas para o aumento de casos em determinadas regiões do País e ações específicas para populações indígenas, onde casos também ocorrem com maior frequência.

Eram evitáveis

Dados do Boletim Epidemiológico deixam claro problemas de atendimento. Das mortes por suicídio entre 2011 e 2016, 31,3% ocorreram entre mulheres que já haviam tentado antes. Nos homens, o porcentual é menor, mas também expressivo, 26,4%. “Não agimos para evitar uma segunda tentativa”.

Das tentativas de suicídio entre 2011-2016, 69% ocorreram entre mulheres, mas só 21% conseguiram. Já entre os homens, 79% dos que tentaram tiveram êxito. Também preocupa o avanço do suicídio entre jovens. Essa é a quarta causa de morte de brasileiros entre 15 a 29 anos.

Por região, o Sul tem 23% dos casos, com 14% da população. No Sudeste, com 42%, foram 38% dos suicídios. Estão no Rio Grande do Sul 3 das 4 cidades com piores índices: Forquetinha (78,7 casos a cada 100 mil/ha), Taipas do Tocantins (57), Travesseiro (55,8) e André da Rocha (52,4).